Olar!
Bom dia!
Ou seria boa tarde? Tanto faz, afinal o dia ainda não acabou!
Depois de exatos quatro anos sem postar, hora de atualizar esse blog!
O que a quarentena não faz, né non?
Vocês, na quarentena...
Mas o post de hoje não é sobre o Coronavírus. Vamos deixar para falar dele quando todos estiverem bem e curados, até porque, a informação muda muito rápido e não tem como falar de tudo em uma única postagem do blog.
Coronavirus
Porém vamos falar de outra pandemia, que muitos sabem o nome, já ouviram falar, mas nem todos sabem detalhes: a peste negra.
Peste Negra foi uma pandemia que se alastrou pela Eurásia na Idade Média, tendo seu auge no séc. XIV. Os primeiros relatos ocorreram na Ásia Central e acredita-se que a doença foi caminhando pela Rota da Seda (não, não é o site da deepweb, ok?).
Não é essa!
A doença é causada pela bactéria Yersinia pestis e transmitida por uma pulguinha (X. cheopis). E a pulga vivia onde? No rato. O rato mesmo, rato comum, rato de verdade, do latim
A bactéria...
...a pulga...
...e o rato
Mas nem tudo é culpa do rato. Ué? Não? Não. Acredita-se que, por volta do séc. XIII, Genghis Khan e seus 309523085920 milhões de herdeiros ajudaram a espalhar a peste pela Eurásia, porque um dia ele acordou e decidiu que conquistar dois continentes seria uma ótima ideia. Não, não foi. Saindo da Mongólia em direção ao leste Europeu, a horda de nômades mongóis passou por uma região endêmica de roedores infectados. Levando a doença não apenas para as pessoas da Europa, mas também para outros ratos!
Genghis Khan e sua turma
Gente, cês sabem que rato é um bicho muito amigável e oportunista. Se não sabiam, pois fiquem sabendo. Uma migalhinha ali, uma migalhinha aqui, o ser humano não era muito higiênico na Idade Média, aliás até hoje não é, rato passeava em você durante a noite e pimba: a pulga passa para o homem, que volta para o rato, e pula em outro homem, e fica nessa vidinha.
Mimindo limpinho e cheiroso... ao contrário de ~certas pessoas~
Voltando para a turma de Genghis Khan: os mongóis cercaram uma colônia genovesa na Crimeia. Depois de muito soco e flechada no zóio, começaram a perceber que algo de errado não estava certo. A peste começou a se espalhar tanto no lado dos mongóis quanto dos genoveses. "BORA FUGIR!" - gritou o capitão. Eis que voltam os navios para a Europa levando seus tripulantes (e também os cadáveres) contaminados. Não precisa falar a merda que deu quando os navios atracaram na Itália, né?
Ah! E lembrando que no meio do caminho ainda passaram por Constantinopla, Messina, Marselha e aí, Gênova. Carai, que rolê tóxico!
Que rolêzão hein...
Quando se espalhou pela Itália, Boccaccio, poeta italiano, descreveu:
"Apareciam, no começo, tanto em homens como nas mulheres, ou na virilha ou nas axilas, algumas inchações. Algumas destas cresciam como maçãs, outras como um ovo; cresciam umas mais, outras menos; chamava-as o povo de bubões. Em seguida o aspecto da doença começou a alterar-se; começou a colocar manchas de cor negra ou lívidas nos enfermos."
Giovanni Boccaccio pensativo...
"O Triunfo da Morte" - Pieter Bruegel, o Velho
Casaco do que???
E para finalizar, a título de curiosidade, os médicos que cuidavam das pessoas doentes eram chamados de "médicos da peste", e muitos sequer haviam cursado uma faculdade de medicina. Eles usavam a icônica máscara da peste, em forma de bico de ave, onde colocavam ervas aromáticas e palhas, que "filtravam" o ar fétido do ambiente. Além da máscara, também usava um chapéu e levavam consigo um bastão para examinar os pacientes de longe e para chicoteá-los (mas só os que pediam, pois acreditavam que mereciam ser punidos, ok?).
Cês imagine isso batendo na porta da sua casa??? Cê loko...
Divertido e informativo o texto. Gostei.
ResponderExcluirObrigada! Volte sempre! :)
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